domingo, 22 de maio de 2011
CORRESPONDÊNCIA - JOSÉ DA SILVA RIBEIRO A ABEL SALAZAR
VOZ DA JUSTIÇA - CORRESPONDÊNCIA entre José da Silva Ribeiro e Abel Salazar [CLICAR na foto]
in Fundação Mário Soares [ARQUIVO ABEL SALAZAR]
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CRISTINA TORRES - A MULHER NA RESISTÊNCIA
CRISTINA TORRES - A MULHER NA RESISTÊNCIA, por Raul Rego, in Jornal de Notícias (10 Abril 1979) [clicar nas FOTOS]
via Literatura & Filosofia
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sábado, 13 de novembro de 2010
A FIGUEIRA DA FOZ E O 5 DE OUTUBRO DE 1910
LIVRO: A Figueira da Foz e o 5 de Outubro de 1910
AUTOR: Álvaro Cação Biscaia
EDIÇÃO: CB - Associação de Ideias
PATROCINADOR (Exclusivo): Casino da Figueira da Foz
"... Divida em três partes, a obra retrata as 'sementes da República', algumas das 'instituições figueirenses' que integram a história da República e 'os dias que antecederam o 5 de Outubro' na cidade.
Com o patrocínio exclusivo do Casino Figueira, e com a colaboração de Frederica Jordão na pesquisa e composição, este livro pretende ser, explicou o autor, 'um contributo para a memória local' associando-se às inúmeras iniciativas desenvolvidas na cidade no âmbito das comemorações do Centenário da República.
'Esquadrinhando a história das instituições (de hoje e de então)' o livro traz à estampa a 'forma como a sociedade figueirense enfrentou e viveu' este acontecimento histórico português. 'Na Figueira o carácter da política é inteiramente abstracto, (...) os habitantes da Figueira são todos, em política, ou regeneradores ou progressistas (...)', descreve Ramalho Ortigão nas 'Farpas',citado neste livro.
As 'rivalidades' entre instituições, clubes locais, o 'contraste' entre a imprensa de hoje e de então são alguns dos pontos abordados nesta obra..."
via O Figueirense
J.M.M.
via Almanaque Republicano
sábado, 2 de outubro de 2010
CENTENÁRIO DA REPÚBLICA NA FIGUEIRA DA FOZ
COMEMORAÇÕES do Centenário da República na Figueira da Foz
PROGRAMA:
5 de Outubro
EXPOSIÇÃO (16 horas): Rostos da República - Apresentação da reedição em facsimile da obra Republicaníadas de Marco António (António Correia Pinto d'Almeida)
LOCAL: Museu Municipal Santos Rocha
ORGANIZAÇÃO: Museu Municipal Santos Rocha
EXPOSIÇÃO (16 horas): Letras e Cores, Ideias e Autores da República - da DGLB
LOCAL: Biblioteca Municipal Pedro Fernandes Tomás
ORGANIZAÇÃO: Biblioteca Municipal Pedro Fernandes Tomás
CONCERTO (17 horas): Concerto comemorativo pela Filarmónica dos Carvalhais
LOCAL: Centro de Artes e Espectáculos (CAE)
7 de Outubro
5ªs de Leitura (21,30 horas): Encontro com o escritor José Fanha
LOCAL: Biblioteca Municipal Pedro Fernandes Tomás
8 de Outubro
TERTÚLIA (21,30 horas): A República como movimento institucional e político
CONVIDADO: Prof. Dr. Fernando Rosas
LOCAL: Biblioteca Municipal Pedro Fernandes Tomás
22 de Outubro
TERTÚLIA (21,30 horas): Republicanismo e economia
CONVIDADO: Prof. Dr. José Luís Cardoso
LOCAL: Biblioteca Municipal Pedro Fernandes Tomás
11 de Novembro
5ªs de Leitura (21,30 horas): Encontro com Francisco Moita Flores
LOCAL: Biblioteca Municipal Pedro Fernandes Tomás
J.M.M.
sábado, 28 de agosto de 2010
DIA FERNANDES THOMAZ
No dia 24 de Agosto, conforme AQUI foi referido, a Câmara Municipal da Figueira da Foz, a que se associou a Associação 24 de Agosto e a Associação Fernandes Thomaz, homenageou um dos seus filhos mais ilustres, Manuel Fernandes Thomaz (1771- 1822), jurisconsulto, figura “primacial do liberalismo vintista”, fundador do Sinédrio
[associação secreta para-maçónica, fundada no Porto em Janeiro de 1818, que interveio na organização da revolução liberal de 24 de Agosto de 1820. Os fundadores (todos maçons) foram, além de Fernandes Thomaz (pertenceu á Loja Fortaleza, à Loja Patriotismo, com n.s. Valério Publícola), José Ferreira Borges (advogado, pertenceu à Loja 24 de Agosto, n.s. Viriato), José da Silva Carvalho (advogado, juiz, Ministro da Justiça, da Fazenda e da Marinha, pertenceu à Loja 1º Outubro, Loja 15 de Outubro, foi Grão-Mestre do GOL, fundador do primeiro Supremo Conselho do Grau 33, n.s. Hydaspe) e João Ferreira Viana (comerciante, desconhece-se a que Loja pertencia). Fizeram parte, posteriormente, Duarte Lessa (comerciante e proprietário, Loja ?, mas em 1823 era Cavaleiro Rosa-Cruz), José Maria Lopes Carneiro (comerciante e proprietário, pertenceu à Loja Sinédrio Geral de Beneficência, loja de perfeição do grau 16 do REAA, n.s. Loth), José Gonçalves dos Santos Silva (comerciante e proprietário, Loja ?), José Pereira de Meneses (comerciante, Loja ?), Francisco Gomes da Silva (médico, Loja ?), João da Cunha Souto Maior (magistrado, Loja ?, foi Cavaleiro Rosa-Cruz e teve o cargo de Grão-mestre do GOL), José de Melo de Castro Abreu Pereira (moço fidalgo da casa real, coronel de Milícias da Beira, pertenceu à Loja Fortaleza), José Maria Xavier de Araújo (magistrado, Loja ?) e Bernardo Correia de Castro Sepúlveda (oficial do exercito). No total eram 13 os elementos do Sinédrio – cf. A. H. Oliveira Marques, História da Maçonaria em Portugal],
membro da Junta Provisional do Governo Supremo do Reino, deputado, Presidente das Cortes, esteve com a pasta de Negócios do Reino e da Fazenda, sendo considerado o Patriarca da Liberdade.
Na cerimónia pública de Homenagem a Manuel Fernandes Thomaz, discursou o presidente da Associação 24 de Agosto, José Guedes Correia, o presidente da Associação Manuel Fernandes Tomás, Henrique Tomás Veiga e o Presidente da Câmara Municipal, dr. João Ataíde.
"...hoje vale a pena celebrar a liberdade, relembrar a biografia deste figueirense ímpar da História, a dimensão do corajoso e impoluto lutador pela liberdade, um homem livre, honrado e de bons costumes. O seu exemplo persiste e serve de referência ..." [palavras proferidas, na ocasião, por José Guedes Correia, via O Figueirense, 27/08/2010, p. 14]
"... E quem choramos nós: quem lamentam os Portugueses? Um cidadão extremado; um homem único; um benemérito da pátria; um libertador de um povo escravo: Manuel Fernandes Thomaz. Que nome, Senhores, que nome nos fastos da liberdade! Que pregão às idades futuras! Que brado às gerações que hão-de vir! Este nome será só por si a história de muitos séculos; este nome encerra em compêndio milhões de males arredados de um grande povo; ..."
[Almeida Garrett, in Oração Funebre de Manoel Fernandes Tomaz, via "O Figueirense" (especial Manuel Fernandes Thomaz, 27/08/2010)]
[via ALMANAQUE REPUBLICANO]
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segunda-feira, 23 de agosto de 2010
DIA 24 DE AGOSTO - HOMENAGEM A MANUEL FERNANDES THOMAZ - FIGUEIRA DA FOZ
17,30 horas:
EVENTO – Cerimónia Pública de Homenagem a Manoel Fernandes Thomaz
LOCAL/HORA - Pr. 8 de Maio (Figueira da Foz) – 17,30 horas
ORGANIZAÇÃO – Câmara Municipal da Figueira da Foz, Associação Manuel Fernandes Thomaz e Associação 24 de Agosto
19 horas:
EVENTO – "SIDÓNIO E A REPÚBLICA" por Francisco Moita Flores
LOCAL/HORA - Casino da (Figueira da Foz) – 19 horas
ORGANIZAÇÃO – Associação 24 de Agosto
21,30 horas:
EVENTO – CONFERÊNCIA, "O Pensamento Liberal de Manuel Fernandes Thomaz na Óptica Económica" por Maria de Fátima Brandão
LOCAL/HORA - Casino da Figueira (Sala Figueira) – 21,30 horas
ORGANIZAÇÃO – Associação Manuel Fernandes Thomaz e Associação 24 de Agosto.
J.M.M.
via Almanaque Republicano
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terça-feira, 11 de maio de 2010
COLÉGIO LICEU FIGUEIRENSE
COLLEGIO LYCEU FIGUEIRENSE: vinheta do antigo Colégio, datada de 1910 [clicar na foto]
via Espólio de Maurício Pinto, à guarda de José Pacheco Pereira, in Ephemera.
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terça-feira, 30 de março de 2010
IMPRENSA REPUBLICANA DA FIGUEIRA DA FOZ
A Escola Secundária Dr. Joaquim de Carvalho (Figueira da Foz) levou a cabo nos dias 25-27, do corrente mês, as suas XII Jornadas Culturais. Este ano, as actividades tiveram o tema: "Cem Anos de República". Refira-se, desde logo, a cerimónia de abertura, realizada no Palácio Sotto-Mayor, onde foi "dramatizada" a "cena da Proclamação da República feita por José Relvas e seus companheiros ao povo de Lisboa, no 5 de Outubro de 1910" por um grupo de alunos. Na altura foi representado um curioso discurso de "José Relvas", durante a sua reconstituição.
Contou as Jornadas Culturais da Escola Dr. Joaquim de Carvalho, com vários actividades, sendo de registar: uma Exposição, onde além de excelente "Painel Cronológico 100 Anos de República 1910-1926", houve lugar a um mostra de pintura alusiva às "personalidades dos 100 Anos de República", uma projeccão de animação sobre os acontecimentos de 1910, uma homenagem a Joshua Benoliel, exposição de livros, revistas e periódicos (figueirenses) republicanos, um curioso laboratório do princípio do século de Ciências Geográficas-Naturais, um outro excelente painel, dito, "Villa Madalena ou a arquitectura revivalista na Figueira da Foz durante a I República", uma "Conversa ..." com a profª. Ana Caetano (sobre Tavarede republicano, a SIT e o republicano José Ribeiro) e uma Conferência/Debate sobre "A República na Figueira da Foz" (realizada no Casino da Figueira), com a presença do prof. dr. Amadeu Carvalho Homem e o prof. Dr. Rui Cascão.
ver fotos das JORNADAS CULTURAIS - AQUI.
via Almanaque Republicano.
J.M.M.
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sexta-feira, 26 de março de 2010
A REPÚBLICA NA FIGUEIRA DA FOZ - CONFERÊNCIA
Integrada nas JORNADAS CULTURAIS – "Cem Anos de República" – da Escola Secundária c/ 3º CEB Dr. Joaquim de Carvalho, decorrerá, esta noite (às 21,30 horas), uma Conferência/Debate no Casino da Figueira da Foz (Sala Figueirense), sob o lema "República na Figueira da Foz", com a participação do Professor Doutor Amadeu Carvalho Homem e o Professor Doutor Rui Cascão.
Conferência: “República na Figueira da Foz”, com o Dr. Amadeu Carvalho Homem e o dr. Rui Cascão;
Local: Casino da Figueira da Foz – Sala Figueirense, pelas 21,30 horas.
via Almanaque Republicano
J.M.M.
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quinta-feira, 18 de março de 2010
domingo, 7 de março de 2010
MANUEL JORGE CRUZ - NOTA BREVE
Nasce em Tavarede [Figueira da Foz] a 9 de Outubro de 1880. Era filho de Jorge Silva e Maria da Cruz [ver AQUI]. Iniciou-se nas artes gráficas, muito novo, como tipógrafo na "Imprensa Lusitana", tendo ascendido a "cargos de responsabilidade".
Em 1 de Janeiro de 1904 (23 anos) toma como trespasse a Tipografia Popular [na Rua do Estendal] e é director do importante jornal republicano figueirense "A Voz da Justiça" [o periódico Voz da Justiça foi criado por Gustaf Adolf Bergstrom – seu proprietário, em 11 de Maio de 1902 -, e inicia a sua publicação como folha semanal sob edição de Gentil da Silva Ribeiro. Tinha a sua primitiva redacção, administração e tipografia no Passeio Infante D. Henrique. A partir de 17 de Maio de 1903 a tipografia passa a ser propriedade da Associação de Instrução e o jornal passa a ser administrado por uma comissão de indivíduos, ligados à Loja Fernandes Tomás, nº 212 da Figueira da Foz - loja maçónica instalada a 22 de Setembro de 1900, do RF e sob os auspícios do G.O.L.U. - e com o intuito de "propagar as nossas doutrinas" – cf. A Loja Fernandes Tomás, nº 212 da Figueira da Foz, Divisão de Museu, Biblioteca e Arquivos, CMFF, 2001]
Manuel Jorge da Cruz foi iniciado na maçonaria na Loja Fernandes Tomás a 3 de Novembro de 1904, com o nome simbólico de "Gutenberg", tendo aí exercido vários cargos, entre os quais secretário da Loja (entre 1907-1910 e 1915-1918), atingindo o Grau 20.º em 1925.
Deste modo, não espanta que em 1907, tenha assumido interinamente (pela nova Lei de Imprensa) a propriedade e direcção da Voz da Justiça. Manuel Jorge da Cruz manteve-se na direcção do periódico durante largos anos, sendo este um jornal muito activo e respeitado na luta contra a ditadura (esteve por diversas vezes suspenso) e, por isso mesmo, o periódico foi suspenso a 10 de Julho de 1937 pela Ditadura. Por seu lado, o ministro do Interior Pais de Sousa encerra a Tipografia Popular a 6 de Julho de 1938 e "rouba" todas as máquinas [que nunca regressaram às mãos dos seus legítimos proprietários, mesmo depois de Abril de 1974] e demais recheio, "ficando só as paredes". Foram presos pela PIDE todos os seus trabalhadores, como o então director José da Silva Ribeiro [irmão "João das Regras"] e o gerente-técnico Manuel Jorge Cruz [ibid.]. Manuel Jorge Cruz não conseguiu resistir a tamanha dor e sofrimento, ao ver ruir toda uma vida inteira de trabalho, de ideal democrático e "solidariedade social".
Manuel Jorge Cruz exerceu uma intensa actividade política, social e administrativa no concelho. Foi eleito (1911) para o cargo de 1º secretário da Assembleia Geral do Centro Republicano Cândido dos Reis. Por diversas vezes foi Procurador à Junta Geral do Distrito [até 1926], tendo sido Presidente da Assembleia Geral da Associação Comercial e Industrial da Figueira (em 1924 e 1925). Integrou, ainda, a Associação de Instrução Popular, a Associação Artística Figueirense, a Sociedade de Instrução Tavaredense [foi o seu "primeiro presidente eleito em Assembleia Geral, em 1905", tendo escrito o "primeiro Regulamento Interno da colectividade" – ler mais AQUI], pertenceu à Santa Casa da Misericórdia e à Cooperativa Manuel Fernandes Tomás.
Morre no dia 2 de Novembro de 1941. Foi sepultado em Tavarede, e o seu funeral constituiu uma "invulgar manifestação de sentimento" da gente da Figueira da Foz.
Foto e algumas notas retiradas, com a devida vénia, do blog Tavarede Terra de meus Avós. Publicado, também, no Almanaque Republicano.
J.M.M.
sábado, 6 de março de 2010
quarta-feira, 3 de março de 2010
REVISTA DA FIGUEIRA
"Número 1, Setembro de 1917. O director era Pedro Fernandes Thomaz e o secretariado da redacção de António C. Pinto de Almeida. Editor: Augusto Veiga. Propriedade da Gazeta da Figueira. Era composta e impressa na Imprensa Lusitana de Augusto veiga, sita à Praça Nova, 23 a 25.
Neste número, um editorial esclarece que se trata da continuação da 'À Figueira', 'que suspendeu a sua publicação por um dos seus directores haver sahido desta cidade'. Destinava-se a 'dar bom nome à sua terra natal, mantendo e alimentando o cultivo das lettras e o estudo de aspectos regionaes'.
Neste primeiro número colaboraram: Pedro Fernandes Thomaz, Sant`Iago Prezado, José Jardim, Affonso Simões, João Coelho, Cardoso Martha, Manuel de Sousa e Raymundo Esteves.
A assinatura custava 2.000 reis e o número avulso 200"
via Album Figueirense.
J.M.M.
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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
S.I.T. - ESTANDARTE
"A Sociedade de Instrução a[SIT] adoptou, como seu, o estandarte que pertencera ao Grupo de Instrução e que havia sido inaugurado no ano de 1900. E, em 1927, o sócio benemérito Joaquim Fernandes Estrada, fez a oferta de um novo estandarte, que 'é, na verdade, rico e artístico. O desenho é de António Piedade, e foi bordado a ouro e matiz pela distinta mestra de bordados da Escola Industrial e Comercial, srª D. Maria do Céu Rio, cujo trabalho é primoroso e justamente admirado'.
Aquele benemérito, em sessão solene expressamente realizada para o efeito, fez a entrega do novo estandarte e 'afirma a sua simpatia pela Sociedade de Instrução Tavaredense, prometendo continuar a auxiliar a sua obra'.
'O acto é revestido de grande imponência. A gentil menina Maria Gonçalves (madrinha do estandarte) prende a bandeira na haste; a “Figueirense” executa o hino da Sociedade, e toda a assistência se levanta, soando palmas por largo tempo. Passados alguns momentos, o estandarte ergue-se, altivo, na haste encimada por uma artística estrela de metal branco, e irrompem novas salvas de palmas e muitos vivas'.
ler TODO O POST AQUI.
J.M.M.
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terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
CONFERÊNCIA "RAZÃO E RAZÕES DO REPUBLICANISMO PORTUGUÊS"
Conforme AQUI dissemos, a Associação Cívica e Cultural 24 de Agosto, da Figueira da Foz, associando-se às Comemorações do Centenário da Implantação da República, teve ensejo de organizar uma conferência sobre o título "Razão e Razões do Republicanismo Português".
Com uma assistência muito estimada, e que emoldurou todo o Salão Nobre da vetusta Associação Figueirense, que serviu de anfitriã, os palestrantes - dr. Amadeu Carvalho Homem e o dr. António Reis - destacaram os aspectos mais relevantes da experiência republicana da I República e o seu património actual. Da intervenção do dr. Carvalho Homem saliente-se a ideia de República como o "aprofundamento da democracia nas suas diversas vertentes". Esse "grande veredicto" da restauração de valores - como a "democraticidade", o "sufrágio universal" (ou cidadania plena versus monarquia censitária) -, esse património construído justamente no plano dos valores, tais como as leis da família, o divórcio, o ensino público, não pode ser confundido (axiologicamente) com o plano das realidades, como alguma corrente historicista hoje publicita.
O dr. António Reis, recuperando a ideia anterior, considera que há hoje, de facto, uma corrente de revisão histórica (deturpada) do que foi (é) a República, assumindo que qualquer apologia ou diabolização, tout court, não se compadece com, o que denomina, os princípios do ideal republicano, que corporiza em: submissão do interesse pessoal ou público; igualdade de direitos perante a lei; supremacia do parlamento na organização do Estado; limitação de mandatos, a par da responsabilização penal dos detentores de cargos públicos.
Seguidamente, António Reis, partiu para alavancar as virtudes (ou conquistas) do ideário republicano, a saber: prática da cidadania participativa, estado laico, leis da família e do registo civil, lei da greve, instrução pública (universidade livre, popular), novo ambiente cultural com a presença de várias correntes estéticas e filosóficas. Por fim, registou, nesse deve/haver da construção republicana, alguns dos erros ou perplexidades havidas, em torno do sufrágio universal ("lacuna da primeira república" e que não foi cumprido), incapacidade do pleno funcionamento do parlamento, o presumido erro da participação de Portugal na I Guerra (e que o sidonismo será a sua eventual consequência), os excessos cometidos à "sombra" do laicismo e a ausência de uma politica económica e social clara e eficaz que fosse ao encontro dos ensejos e revindicações do operariado e demais classes sociais (que só os governos entre 1923-25, o tentaram).
A conferência decorreu, depois, á luz das notas propostas pelos dois convidados, tendo a assistência prolongado a sessão com um conjunto de questões, bem curiosas, sobre todas essas matérias e que mereceram a atenção cuidada dos conferencistas.
Está, pois, de parabéns a Associação Cívica e Cultural 24 de Agosto, da Figueira da Foz, pelo excelente préstimo que proporcionou ao vasto auditório, pela relevância dos seus convidados e pelo magnífico espaço de debate que se obteve.
J.M.M.
via Almanaque Republicano.
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